terça-feira, 24 de maio de 2011

Motores a Combustão

Olá, caros leitores, desculpem-me pelo breve sumiço. Passei o final de semana pensando em padronizar meu ritmo de postagens e cheguei a conclusão que faria três vezes por semana com intervalo de um dia, ou seja, segunda, quarta e sexta. Porém, dessa maneira, aqueles que não têm tempo de entrar praticamente todo dia na internet, não poderiam acompanhar o blog.
Ontem, pensando melhor, decidi postar nas terças e sextas, não os sobrecarregando e permitindo que não-assíduos digitais possam desfrutar tanto quanto os ratos de internet.

Hoje falarei sobre os motores e seus nomes estranhos.

O motor 3.0, V6 e 24v da Alfa Romeo é um bom exemplo dessas numerações estranhas.

Sempre vemos escrito em propagandas e atrás de alguns veículos os famosos "2.0", "16v" e "V6" da vida. Muita gente não faz idéia do que se tratam essas, digamos assim, numerações.

Para isso terei que falar um pouco sobre os motores a combustão e como eles funcionam. É claro que não entrarei em detalhes técnicos que aprendi na faculdade, senão isso vai ficar muito chato e muito mais confuso do que as numerações em si. Mas o básico.

Motores a combustão levam esse nome porque ocorrem explosões dentro dele, e é através dessas explosões que o movimento é criado. Uma certa quantidade de mistura de combustível e ar adentra uns compartimentos do motor chamados cilindros (esses vocês já ouviram falar), depois essa mistura é comprimida e, em geral, uma centelha (faísca) é gerada por uma "vela" para explodí-la. A explosão faz o movimento no sentido contrário à compressão e o movimento de "sobe e desce" é criado. Estou generalizando muitas coisas, mas dá para se ter uma noção assim, ou não?

Encontrei esse vídeo no Youtube, é bem interessante e elucidativo.

Vamos dar nome aos bois:

  • A quantidade de mistura de combustível e ar é a "litragem" do motor. Um motor 1.0, recebe um litro de mistura por ciclo (ciclo: entrada, compressão, explosão e exaustão da mistura), um motor 1.6 recebe um litro e seiscentos mililitros da mistura por ciclo e assim por diante.
  • O compartimento que recebe a mistura, como eu já disse, recebe o nome de cilindro. Um motor comum no Brasil é o 4 cilindros "em linha". Isso significa que, se você estiver olhando o carro de frente, os 4 cilindros do motor estarão um atrás do outro (motores longitudinais) ou um ao lado do outro (motores transversais), todos no sentido vertical. Um motor V6 apresentaria, na mesma situação, 3 cilindros de um lado e 3 do outro, com uma certa inclinação, dando a impressão de um "V", por isso o nome. Mais uma vez um atrás do outro ou um ao lado do outro.
  • Para entrar ou sair, a mistura passa por "furos" na parte superior dos cilindros. A esses furos é dado o nome de "Válvulas". Portanto um carro com motor 1.0, 4 cilindros e 16v (dezesseis válvulas) possui uma capacidade de um litro (ou 500ml por cilindro) e apresenta 4 válvulas por cilindro (duas para entrada da mistura - admissão - no cilindro e duas para a saída - exaustão).

Toyota - Sequoia. Motor: 5.7, V8 com 32v.
Depois ainda vêm aqueles nomes estranhos que acompanham essas numerações, chamadas siglas, como VHC ou MPFI, nos motores Chevrolet, VVT-i nos Toyota, VTEC da Honda e assim por diante. Entretanto isso é assunto para outro dia.

Motores VVT-i da Toyota.
Não é nenhum bicho de sete cabeças, mas isso tudo que falei é uma aproximação de motores mais comuns, ainda teríamos muitas coisas para falar sobre esse assunto, como os motores boxer da Subaru (não são da Porsche), os motores em "W" da Volkswagen, motores Wenkel (farei um post só sobre eles um dia) e por aí vai.

Espero que eu tenha sido claro e objetivo, sem aprofundar demais nos assuntos, mas também sem ter sido muito superficial, muito embora essa seja uma situação utópica.
Abraço a todos e nos vemos em breve!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tipos de Carrocerias

Olá a todos e bem vindos novamente! Terei que postar a cada dois dias mesmo, senão a lista de idéias tenderá ao infinito, o que é bom por um lado e ruim por outro. A parte boa é que vocês, leitores, terão sempre uma postagem nova para ler, o ruim é que os posts não terão tempo de serem lidos por todos, quem bobear vai perder uma matéria. Mas sempre dá para ver as antigas. Hoje falarei sobre os tipos de carrocerias dos carros, a pedido do leitor e amigo Bila.

Existem mais de 40 tipos de carroceria utilizados, somente nos Estados Unidos, então falarei dos principais no Brasil. Há algum tempo, na época do primeiro Chevrolet Corsa, os carros recebiam um nome só, seguido por suas carrocerias, por exemplo os Corsa Hatch, Corsa Sedan, Corsa Wagon e Corsa Pickup eram nomes de carros distintos, parecidos, mas distintos.
Como está meio complicado de arrumar imagens desses veículos, seguem algumas imagens (fica mais fácil ver nas fotos do que explicar como são) de um modelo mais atual, o Fiat Palio e seus derivados, seguidos por exemplos de outras carrocerias.

HATCH ou HATCHBACK:
Fiat - Palio

Este é o Palio propriamente dito. Possui um número ímpar de portas pois é contada a porta do porta-malas. O da foto possui 5 portas. Isso é feito pois há acesso ao interior do veículo através da tampa traseira, o porta-malas não é separado do veículo, como no próximo modelo.

SEDAN, SEDÃ ou TRÊS VOLUMES:
Fiat - Siena
O Siena tem exatamente a mesma cara do Palio, é idêntico até chegar a coluna "B" (em tempo: as colunas "A" localizam-se na parte da frente, aos lados do pára-brisa, as "B" são as colunas entre as portas da frente e as de trás e as colunas "C" ficam aos lados do vidro traseiro) e muitas vezes esses modelos utilizam as mesmas portas traseiras também, como é o caso. Esta é a versão sedã do Palio, pois possui um porta-malas separado do carro, formando o terceiro volume, sendo que o primeiro seria o compartimento do motor, o segundo é o habitáculo do carro e o terceiro o porta-malas.

PICKUP ou PICAPE:

Fiat - Strada
Da mesma maneira que o sedã, a pickup aproveita o veículo base até a coluna "B" e daí para frente começa uma caçamba, para levar carga. Normalmente são dotadas de apenas dois lugares, embora algumas apresentem cabine dupla, com mais uma fileira de bancos (traseiros). No caso da foto acima, a cabine é estendida, anunciada pela presença daquele pequeno vidro lateral traseiro, garantindo um modesto espaço atrás dos bancos para colocar objetos. Lembrando que as picapes grandes como Chevrolet S10 e Ford Ranger também se encaixam nessa categoria.

WAGON ou PERUA:


Fiat - Palio Weekend
Nesse caso o carro leva o nome do veículo-base acompanhado de um nome que a empresa usa para suas peruas (Fiat Marea Weekend, por exemplo) - a Volkswagen utiliza o nome Variant em Jetta Variant e Passat Variant. Esta carroceria possui a terceira ou quinta porta também, mas é mais alongada que o hatch, possuindo um porta-malas amplo e alto, além de uma distância entre-eixos (distância entre as rodas da frente e as de trás) superior.

MONOVOLUME:


Honda - Fit
Facilmente confundido com as peruas, os monovolumes distinguem-se, geralmente, por serem mais altos e menos compridos (reparem como o carro acaba logo depois do eixo traseiro). Possuem esse nome por apresentarem apenas um habitáculo para tudo: Motor, ocupantes e porta-malas. Geralmente utilizados como carro familiar por serem extremamente versáteis, ou seja, rebatem os bancos traseiros de várias maneiras diferentes e com facilidade.

SUV:


Infinity - FX50
Este tipo de carroceria está muito em alta nas notícias, propagandas e cidades. As (ou "Os", tanto faz) SUV (sigla para Sport Utility Vehicle - Veículo de Utilidade Esportiva) caíram no gosto dos brasileiros muitos anos depois de já serem febre nos Estados Unidos. São carros igualmente parecidos com as peruas porém com suspensões mais elevadas, rodas maiores e, principalmente, muito mais potência (por isso o "S" na sigla). Obviamente mais caras que suas primas menores, apresentam dois volumes sendo um para o motor e o outro para os ocupantes e porta-malas.

Depois existem alguns que passarei rapidamente:

  • Os 4x4, Offroad ou Fora-de-Estrada são como as SUV, porém com menos luxo e mais apego aos Rallys;
  • As Limousines, que ultimamente vêm sendo feitas com qualquer carroceria, são originalmente um sedã muito mais longo;
  • Cupê ou Coupé parecem com os sedãs (com a traseira saliente) porém possuem dois volumes, como os hatches, número ímpar de portas e têm um apelo muito mais esportivo, são sucesso absoluto na Europa e América do Norte, mas pouquíssimo difundidos aqui (o que é uma pena!);
  • Conversíveis, Cabriolets ou apenas Cabrio são os carros "sem teto", aqueles que você pode rebater a capota e dirigir com os cabelos ao vento, infelizmente muito caros no Brasil devido aos impostos abusivos sobre esse tipo de carroceria.
Exemplo de Limousine
O que é importante saber é que nem sempre um carro de determinada carroceria é derivado de outro de outra categoria, eu peguei a família Palio para facilitar enxergar a diferença entre eles. Existem muitos automóveis que possuem apenas uma carroceria e são modelos únicos. O próprio Infinity FX50, exemplo de SUV, serve também como exemplo disso.

De cima para baixo: Kia Koup (Cerato cupê) e Kia Cerato.
Obrigado pela visita e até depois de amanhã!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Renault Mégane Grand Tour

O Grand Tour começa pelas belíssimas formas.
Hoje é terça-feira, dia em que pretendo postar um artigo novo a cada semana. Já recebi algumas idéias e estou armazenando-as para o futuro. Vamos, então!

Há algum tempo venho pensando no melhor custo/benefício para tudo na vida. E não foi diferente para meu futuro carro. É complicado falarmos de custo benefício em relação a automóveis posto que, para existir tal relação, é necessário que exista um benefício em dinheiro, sendo que carro se paga com dinheiro. A menos que você ganhe dinheiro com seu carro, não há benefícios monetários, apenas dívidas. Para isso foi criado um "benefício" para o veículo e um custo para este benefício, podemos citar: Seguro, revisões, peças de reposição e, principalmente, opcionais.

Então, para avaliar a relação custo/benefício de um automóvel, basta pegarmos o quanto custa esse carro e dividir pelo valor de tudo que vem com ele e, quanto menor for essa relação, melhor. Simples? Não! É muito mais fácil procurarmos matérias que comparem os carros e acreditarmos nelas.

Obviamente, para encontrar uma baixa relação custo/benefício, precisamos procurar apenas entre os de custo mais baixo, mas, e sempre existe um "mas", não é bem assim. Aí vem a pergunta: "Por que o título deste post é 'Renault Mégane Grand Tour'?". Resposta: Porque, depois de muito pesquisar, cheguei a conclusão do automóvel com o melhor custo/benefício do mercado brasileiro. Mégane Grand Tour é o nome da fera!

Porte de carro de categoria superior.

Para falar tudo que esse carro pode oferecer, eu ficaria horas digitando e vocês outras horas lendo. Prometo que serei o mais breve possível.

Eu não poderia escrever sobre Grand Tour se não o tivesse visto ao menos uma vez (embora isso, provavelmente, irá acontecer aqui no blog), portanto, mesmo já o tendo visto no salão do automóvel há muitos anos, hoje mesmo fui à concessionária da Renault em Limeira, conversei com três vendedores e fiz um test-drive antes de ir embora.

Mesmo com um projeto já meio antigo, não perde a aparência de um carro de nível superior.

Ar condicionado digital e rádio com MP3.
Direto ao ponto: O carro custa R$49.990,00 em sua única versão sem opcionais (existe a opção de pedir sem pintura metálica, mas você teria que esperar muitos meses por ele e a economia diluir-se-ia nesse tempo), que traz segurança nos airbags frontais, ABS com EBD (Distribuição Eletrônica dos Freios, é o que permite frear nas curvas, mas isso é assunto para um outro dia) nos freios e faróis de neblina dianteiros e traseiros, conforto na direção elétrica, muito leve em baixa velocidade e precisa em alta, ar condicionado digital e controle do rádio no volante, bem como o controlador de velocidade, requinte nas rodas de liga leve aro 16", no freio de mão estilo "manche", computador de bordo que indica até o nível do óleo, cartão que substitui a chave, partida do motor por meio de botão no painel e porta-luvas refrigerado e economia no motor 1.6, 16v de 115cv (etanol) que não deixa o motorista na mão quanto a potência.

Comandos do rádio e controlador de velocidade no volante.
Isso tudo você pode encontrar em qualquer lugar que fale sobre o carro. O que eu pude perceber além do ululante, durante o teste, foi o fato dos bancos da frente lembrarem bancos de competição, com abas laterais que garantem uma curva confortável ao motorista, nada de exagerado. Outro detalhe que me chamou a atenção foi o porta-malas. Além de ser enorme, com 520 litros (60 litros a menos que o C4 Pallas, mas vai até o teto, se você quiser, e é mais largo e menos profundo), é inteiro forrado de tecido e possui iluminação.

Ao rodar com o Grand Tour percebi que o motor é muito bom, longe de ser um esportivo, mas garante a velocidade constante na subida, e que, mesmo com as rodas de 16 polegadas, ele absorve com excelência as irregularidades do solo. Por ser um carro grande (muito grande: 4,5m de comprimento) certamente dirigir na cidade com ele requer uma cautela extra para não arranhar a pintura para trás da porta traseira com erros de cálculos.

Mas nem tudo são flores no Mégane. Pude perceber uma falta de atenção dos projetistas com os pedais. Os pedais do acelerador e freio são muito próximos, quase unidos, o que pode vir a comprometer a ótima segurança do carro. Eu imagino que isso aconteça porque este é um automóvel projetado para ter sempre câmbio automático e, quando existe um pedal extra no habitáculo dos pedais, falta espaço para todos eles.
Excelente porta-malas de 520 litros.
Este, aliás, é outro problema do francês (fabricado no Brasil). Depois da descontinuidade da versão sedã do modelo, todas as versões automáticas, com bancos de couro e motor 2.0 foram banidas, restando apenas a versão avaliada e já citada.

Para finalizar (e explicar) escolhi o Renault Mégane Grand Tour como melhor custo/benefício devido, principalmente, ao ótimo nível de acabamento do veículo, cuidado que a fabricante teve com os detalhes, quantidade e qualidade de itens de série, custo de manutenção baixo (mais uma vez: fabricado no Brasil), dimensões de carro de nível superior e tudo isso por um preço que não compra um Volkswagen Crossfox (que custa R$52.978,00, pela tabela FIPE).

Abraço e todos e que tenham uma ótima semana! Até terça-feira que vem!

domingo, 15 de maio de 2011

A primeira postagem!

Olá amigos, esta é minha primeira postagem e é com orgulho que apresento a vocês meu blog.

Aston Martin - DB9

Há algum tempo venho pensando em escrever sobre carros. Sou apaixonado pelo assunto desde 1997, quando assinei minha primeira revista especializada no assunto e, desde então, ocupo meus pensamentos, minhas ações, meu dia e, principalmente, meus amigos e parentes com assuntos relacionados a essa paixão.
Colocarei aqui imagens e pensamentos sobre carros, marcas, eventos e afins, que estiverem em alta, tanto no meu dia-a-dia quanto na indústria, portanto aqui vocês irão se deparar com informações desde novidades quentíssimas do mercado automobilístico até relíquias da época da nona.

Chevrolet - Camaro

Espero mantê-los, além de atualizados, muito cativados, para que acompanhem este blog com prazer e comentem bastante, especialmente se discordarem do que digo e, assim, nós possamos ampliar nosso conhecimento e repartí-lo com os visitantes.
Portanto regulem os bancos, o volante e os espelhos, coloquem o cinto de segurança, liguem o motor e acelerem comigo. Que façamos uma boa e longa viagem!